quinta-feira, março 18, 2004

O estado de coisas

Relativamente ao meu artigo "Distracções" uma das minhas assiduas leitoras chamou-me a atenção para o facto das citadas obras do marquês, não serem um acontecimento isolado de Lisboa, e como exemplo disso citou a construção da Casa da Musica, no Porto, que era suposto ter sido construída a quando do Porto capital europeia da cultura, e que nos dias de hoje ainda não se encontra concluída, tendo deixado duas questões interessantes, e uma afirmação que tem toda a pertinência de ser pensada e analisada. As perguntas foram; Este país está um caos?...Será que vai melhorar?, e a afirmação foi que funciona tudo mal em Portugal. Bem eu não direi que funcione tudo mal em Portugal, mas que que há muitas coisas que funcionam mal em Portugal, isso é verdade sem sombra de duvidas, desde o sistema de saude, entregue a um conjunto de lobbies ao sistema de ensino, que reforma após reforma não tem forma de encontrar um rumo certo, e neste campo deixo desde já uma sugestão e ao mesmo tempo uma pergunta, para quando a generalização no ensino primário das disciplinas do Inglês, Informática e música. Na realidade também em vários aspectos parece o nosso país estar a passar por uma fase de caos, ou pelo menos de desorientação politica, pois do meu ponto de vista em imcompreensivel que se compare por exemplo uma elevada taxa de desemprego, que neste momento representa mais de 400 milhões de desempregados (isto o n.º oficial, pois todos sabemos que serão muitos mais) com mais uns milhões que se terão recebido da cobrança fiscal. Tem que se sacrificar uma coisa para ter outra coisa, não me parece. É algo inaceitavel do ponto de vista social, este é apenas um caso entre muitos que se podem encontrar na sociedade portuguesa. Quanto à questão se vai melhorar, sou por natureza um optimista, mas no entanto não me parece que seja com este governo, e esta forma de actuação, mas não pensem os meus leitores que é por este governo pertencer a um determinado partido, pois o alcance da minha afirmação é muito mais amplo e necessita de alguns esclarecimentos, pois em minha opinião não prevejo que seja com esta geração que está no poder ou na oposição que a situação do nosso país irá melhorar, julgo e tenho quase a certeza, que será a actual geração universitária que será a geração que conseguirá pôr ordem à desordem e ao caos actual, desde que a mesma não seja corrompida por interesses económico-politicos que envenenam a sociedade portuguesa. Não pretendo ser demasiado ofensivo, mas na realidade a grande culpada do actual estado de coisas apenas pode ser esta geração de políticos, não se podendo também ilibar a própria sociedade, pois ela abdicou de uma serie de prerrogativas que deveria ter utilizado para que não se chegasse à presente situação.

PS: È preciso pensarmos na sociedade que temos e é preciso que actual geração universitária que se está a formar se afirme dentro de novos valores que permitam ultrapassar este caos, com uma nova atitude de participação e intervenção nos problemas que são de todos nós.